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RESUMO DA PALESTRA DO ACADÊMICO PROF. ANTONIO CARLOS PEIXOTO DE MAGALHÃES JUNIOR

Reunidos virtualmente, os acadêmicos da Academia Baiana de Ciência da Administração, em 30/11/2020, ouviram o Prof. Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Junior que se pronunciou sobre “A Flexibilidade de um Conglomerado de Empresas para se adaptar às Mutações da Sociedade”.

Destacou que vivemos numa constante mutação. As mudanças tecnológicas nos colocam desafios.

Vários setores foram afetados e o negócio de comunicação não ficou atrás. O consumidor ficou exigente e quer conteúdos personalizados. Isso aflorou uma revolução cultural e as pessoas passaram a exigir muito.

A própria Globo tinha um padrão exato de atuação e precisou adequar-se. As empresas regionais precisam adquirir flexibilidade com maior rapidez. A tecnologia permitiu ofertar os conteúdos, mas não com a rapidez que os clientes precisam.

A Bahia e o Rio Grande do Sul têm muitos conteúdos regionais ricos. O custo aumenta e a empresa tem que buscar como alimentar de receita para cobrir os custos dessa iniciativa.

São desafios extremamente importantes. Nós temos traços culturais fortíssimos, indígenas, nacionais. Precisamos enfrentar com bastante tenacidade para que este modelo de negócio se viabilize.

Não há modelo pronto. A Globo está na frente, mas o consumidor não espera. Não aceita programação genérica.

É um desafio muito grande buscar diversificar para atender ao público exigente. O negócio de entretenimento e de informação é muito especial em termos de evolução da tecnologia.


Debate:

Prof. Jair: Quando você falou na programação local, achei importante, mas numa 4ª. Feira à noite, assisti jogos da série B do Rio. Programas infantis foram retirados. Até que ponto, os caminhos que a empresa segue são opções ou são levados a adotar? Teríamos emissoras de TV dormindo no ponto?

Prof. ACM Jr.: No passado, sem muitas alternativas, o consumidor aceitava facilmente o que a TV oferecia. Agora, com a expansão da tecnologia, o consumidor passou a ter maiores opções.

O consumidor deixou de ser passivo e passou a ser ativo. Antes, fazia-se o consumidor aceitar o que se oferecia.


Prof. Edilson: Inqueriu sobre a sustentabilidade do negócio. Como está o mercado publicitário na Bahia, principalmente, no período de pandemia?

Prof. ACM Jr.: Até 10 anos atrás, o faturamento nacional era 55% e 45% local. Hoje, 75% é da Globo nacional. A concentração do varejo, educação e bancos tira clientes locais e o faturamento passa a ser nacional.

Quem tem só clientes locais, está passando sufoco. Agora, está ampliando um pouco por clientes locais, mas educação e saúde estão nacionais.


Adm. Isabel: Nós temos as redes sociais que passaram além de ser distribuidoras de conteúdos, passaram a ser produtoras de conteúdo. Os canais tradicionais passaram a ser desconsiderados. Como a TV tem reagido a essa concorrência?

Prof. ACM Jr.: Sem dúvida, as redes sociais passaram a concorrer com a mídia tradicional. A mídia tradicional vai ter que entrar em acordo com as redes sociais. Esses veículos poderão entrar como produtores de conteúdo. Mais adiante, vamos ter que fazer este acerto.


Prof. Edilson: Com a crise pandêmica, as famílias ficaram reclusas e foram buscar outros canais, principalmente religiosos. Isto teve reflexo na Bahia?

Prof. ACM Jr.: Os canais religiosos e os Netflix levam a audiência do público.


Profa. Tânia: Em termos de audiência, o noticiário é uma âncora da Globo. No início das tardes de sábado, temos conteúdos locais. A Conversa Preta, por exemplo, só teve 3 programas. Foi por falta de patrocínio?

Prof. ACM Jr.: Conversa Preta vai retornar. Tem uma série. Mosaico vai fazer mudanças no formato.

Prof. Jair: Em média, nossa audiência no canal aberto, canal fechado, pode ser modificada de acordo com o controle via inteligência artificial.


Adm. Eduardo Moraes: Vê-se que a Bahia inexiste no lado econômico. Não vejo nenhuma empresa baiana. Paulo Afonso está sendo substituída pela energia eólica. Não há empresa baiana. Qual é o futuro da Bahia e do Nordeste?

Prof. ACM Jr.: Grandes empresas sucumbiram. A participação governamental aumentou porque as prefeituras aumentaram a divulgação. A participação dos governos estadual e municipal aumentou. O varejo, petroquímica, celulose diminuíram.

Prof. Jair: Desde 07 anos atrás, que se observa nos Shopping nenhuma loja local. São todas franquias.

Adm. Artur Sampaio: A grande mensagem de ACM Jr. é a grande virada da empresa dele. O mundo muda rápido e cada empresa tem que se adaptar.

Adm. Jader: Corrobora que tudo muda numa velocidade gigantesca. As pessoas avançaram em 05 anos. Tenho alunos que largaram empregos formais para oferecer infoprodutos e estão com uma condição financeira maravilhosa.


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